terça-feira, 14 de setembro de 2010

A Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis.


Existem várias maneiras pelas quais os contadores podem mensurar o patrimônio das entidades, tais como pelo Custo Histórico, Custo Corrente, Valor Realizável (valor de realização ou de liquidação) e Valor presente. Apesar da variedade de opções, todas têm um único objetivo: saber quantificar o Patrimônio e o Lucro das Empresas. Mesmo com o Pronunciamento do Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC), que trata da Estrutural Conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, esse conceito parece não ter sido alterado.

A base de mensuração mais comum e utilizada pela classe contábil é o Custo Histórico (Custo Como Base de Valor).

Segundo Eliseu Martins (Avaliação de Empresas: da Mensuração Contábil à Econômica, disponível em: http://www2.ifes.com.br), a Estrutura Conceitual da Contabilidade, como hoje ainda prevalecente, tem como um de seus pilares o Princípio do Custo Como Base de Valor (ou o Princípio do Registro pelo Valor Original). O alicerce fundamental da adoção desse conceito do Custo Histórico está no seu vínculo ao fluxo de caixa das transações ocorridas. Conforme cita o CPC, Pronunciamento do CPC Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição, podendo ou não ser atualizados pela variação na capacidade geral de compra da moeda. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, imposto de renda), pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações, podendo, também, em certas circunstâncias, ser atualizados monetariamente.

Saber se essa é a melhor mensuração não temos certeza, mas, segundo o professor Eliseu, precisamos dominar mais essas concepções todas, dado que muito daquilo que se diz e escreve contra a Contabilidade, como ainda praticada, é, pelo menos na em opinião, por falta dessa visão integral e abrangente que realmente mostra toda a complementaridade existente entre elas. Precisamos ter às mãos análises de prós e contras de cada uma delas, a relação custo/benefício de nosso ponto de vista e, o mais importante, do ponto de vista do usuário, dado que esse precisa, praticamente, de todas elas. Antigamente, no mundo exclusivo do empresário/gestor, sem o sério problema da inflação, com preços específicos também bastante estáveis e economia com mudanças estruturais apenas a longo prazo, o Custo Histórico era único e extraordinariamente suficiente. No cenário atual, continua importante, mas com o decorrer do tempo o uso do Custo Corrente passou a ter uma maior importância e, em alguns casos, a precisar conviver com o anterior; hoje, no entanto, com preços específicos de certas matérias-primas e imobilizados muitas vezes declinantes, ele perde sua importância.

Luiz Augusto Gomes
Aluno do Curso de Ciências Contábeis
Centro Universitário Moura Lacerda
Fonte: www.cpc.org.br
Martins, Eliseu. Avaliação de Empresa: Da Mensuração Contábil à Economia http://www2.ifes.com.br

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